POVO Yombe

Yombe

Pelo menos dois grupos de pessoas na África são descritos como o povo Yombe . Eles residem principalmente na Zâmbia , República do Congo , República Democrática do Congo e Angola . Adeptos do artesanato e da arte, os homens se dedicam à tecelagem, escultura e fundição, e as mulheres à fabricação de potes de barro. Figuras populares incluem o nkonde Nkisi e as estátuas femininas phemba .

População

A população global do povo Yombe é de 2.163.500 (Peoplegroups.org, 2024)

• Os Yombe da República Democrática do Congo somam 1.390.000
• Os Yombe da República do Congo somam 684.000
• Os Yombe de Angola somam 89.500

História

A história iombe indica uma migração do clã Mbenza para o sul, do atual Gabão, em algum momento antes do século XV. Relatos orais e escritos os conectam com o histórico Reino de Mayomba, que floresceu no século XVI. Durante os séculos XVI e XVII, migrações dos povos Manyanga e, posteriormente, Bwende chegaram à região. Ambos os grupos acabaram se assimilando às comunidades iombe. As expansões do Congo e Solongo no final do século XVII forçaram os iombes a se retirarem das margens do rio Congo. Embora o contato com os europeus tenha sido limitado até o final do século XIX, as representações de portugueses na arte iombe refletem os estilos portugueses do século XVI, indicando um grau moderado de influência europeia na região em uma data bastante antiga.

Práticas econômicas

Os Yombe dedicam-se principalmente à produção agrícola, cultivando culturas como banana-da-terra, milho, feijão, mandioca, amendoim e inhame. Embora cultivem principalmente para o abastecimento alimentar, também vendem seus produtos no mercado. Cabras, porcos e galinhas são criados, e a pesca é praticada no rio Congo. Adeptos do artesanato e da arte, os homens dedicam-se à tecelagem, à escultura e à fundição, e as mulheres à fabricação de potes de barro.

Devido às densas florestas que cercam o território Yombe, a terra precisa ser desmatada por meio de técnicas de corte e queima antes do plantio. A terra geralmente é desmatada pelos homens, deixando a tarefa da agricultura para as mulheres. Banana-da-terra, mandioca, milho, feijão, amendoim e inhame estão entre as principais culturas cultivadas. Estas são usadas principalmente para consumo local, mas o excedente também é vendido em mercados regionais para obter dinheiro. Cabras, porcos, galinhas e cães também são criados. A pesca no rio Congo e seus afluentes circundantes fornece uma importante fonte de proteína alimentar. Os homens também são responsáveis ​​pela caça, tecelagem, escultura, forja e fundição. As mulheres criam potes de barro para uso doméstico.

Sistemas Políticos

As principais divisões sociais Yombe são baseadas na filiação a um dos nove clãs. Todos os clãs remontam sua herança a Mbaangala, que teve nove filhas cujos nomes são os mesmos do clã que cada uma fundou. Os povos Yombe se afiliam mais facilmente a outros membros do clã, e cada clã tem seu próprio conjunto de regras sociais e morais. Historicamente, os Yombe reconheciam um chefe supremo, mas hoje existem chefes de terras localizados que atuam como juízes supremos e mantêm grande poder religioso. A descendência é traçada matrilinearmente e cada clã tem um mfumu makanda (líder supremo), eleito pelos outros membros do clã com base em sua riqueza e habilidades oratórias.

Práticas culturais e religiosas

A arte das estatuetas e estátuas do Yombe é bem conhecida, geralmente objetos de prestígio, reis sentados no trono ou estátuas femininas de phemba (maternidade). Estatuetas, máscaras e tambores Nkisi nkonde também são feitos para cerimônias. Suas figuras funerárias são famosas por suas representações realistas.

A divindade suprema do Yombe é Ngoma Bunzi, que vem de um reino inalcançável chamado Yulu. Ele é contatado por meio de Nzambi a Tsi (espíritos da terra) e Simbi (espíritos do rio). O povo Yombe constrói santuários como memoriais para ancestrais proeminentes, como chefes de aldeias com poderes especiais. O povo Yombe do norte da Zâmbia acredita que as pessoas têm três identidades diferentes: biológica, social e espiritual. Sua posição social afeta o tipo de funeral que pode ser realizado.

Santuários também eram erguidos para homenagear ancestrais importantes, e os chefes recebiam poderes sagrados. Os waganga (curandeiros) podiam ser solicitados para realizar curas, proteger contra danos, trazer boa sorte ou, ocasionalmente, vingar o mal causado por uma bruxa. A medicina dos waganga estava intimamente ligada aos feixes de nkisi . Figuras maiores de nkisi nkonde eram usadas para juramentos em nível de aldeia. Pregos e objetos pontiagudos semelhantes eram cravados na figura para selar um pacto entre dois ou mais indivíduos. Os adivinhos comumente usavam drogas alucinógenas para facilitar sua comunicação com o mundo espiritual.

Tipos de Arte

Algumas das peças mais espetaculares do Yombe são as figuras nkisi nkonde descritas abaixo. Eles também esculpem máscaras e tambores para serem usados ​​em cerimônias de iniciação. Objetos do cotidiano, como pentes, cajados e espanadores de moscas, eram frequentemente esculpidos com figuras como demonstração de riqueza e poder.

Fontes:

• Wikipédia.org
• Museu de Arte Stanley da Universidade de Iowa
• Peoplegroups.org