Semana de moda informou que pediu à empresa de segurança ‘repreensão da conduta dos envolvidos’. Em post no Facebook, Evandro Fióti disse estar usando pulseira quando foi barrado.
estilista Evandro Fióti contou ter sofrido preconceito racial na última terça-feira (29) por parte de um segurança da São Paulo Fashion Week (SPFW) no desfile da sua própria marca, a grife LAB – Laboratório Fantasma, de Evandro e seu irmão, o cantor Emicida. Segundo Fióti, ele foi barrado mesmo usando pulseira do evento.
Na noite de terça, horas após o desfile, Fióti publicou uma mensagem em sua página no Facebook que dizia: “Ser preto é ser barrado pelo segurança do evento até mesmo quando é da sua marca e com pulseira…”. O artista recebeu o apoio de milhares de pessoas no post, que teve mais de 1,7 mil curtidas e mais de 230 compartilhamentos até a tarde desta quinta-feira (31) .
Em nota, a LAB disse que Fióti só conseguiu a liberação após o segurança contatar seus superiores. “O ocorrido ressalta a realidade do racismo ainda existente na sociedade brasileira e reforça ainda mais a necessidade da participação de marcas como a LAB em eventos de grande repercussão e da inclusão de pessoas que realmente representam a população brasileira em lugares de destaque.”
A assessoria de imprensa da semana de moda disse que tomou medidas junto à empresa de segurança para repreensão da conduta dos envolvidos e que “sempre defendeu e trabalha pela diversidade em todos os níveis” (veja nota ao final da reportagem).
Nova coleção
A marca de Evandro Fióti e Emicida é feita por e para fãs de hip hop, e apresentou uma nova coleção na semana de moda paulistana. A terceira participação da marca no evento transformou o desfile em um show, em que cantaram parceiros MCs da marca, como Thaíde e BNegão.
A coleção, chamada “Avuá”, inspira a liberdade, e foi apresentada por modelos fora dos estereótipos da moda, que desfilavam em frente a uma projeção de pássaros.
O comunicado acrescenta que, desde que estreou na SPFW ,há três temporadas, a LAB “vem reforçando a importância da representatividade e levando a rua para as passarelas, diversificando o casting de forma muito natural”.
Veja a íntegra da nota da SPFW:
“Ao ver o post de Evandro Fióti, na noite de terça-feira, Paulo Borges imediatamente entrou em contato com ele para apurar o ocorrido. Em seguida, tomou medidas junto à empresa de segurança contratada pelo evento, para repreensão de conduta dos envolvidos, e atendendo pedido de Fióti, preservou o funcionário responsável.
O SPFW está integralmente ao lado de Fióti, e acredita que a divulgação deste fato contribui na luta contra atitudes que infelizmente ainda fazem parte do dia a dia de nossa sociedade e que nos repugnam.
São mais de dez mil pessoas trabalhando direta e indiretamente no evento, que sempre defendeu e trabalha pela diversidade em todos os níveis.“
Fonte: http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/estilista-e-barrado-por-seguranca-da-sao-paulo-fashion-week-apos-desfile-da-propria-marca-e-se-diz-vitima-de-racismo.ghtml