O termo tupi-guarani é designado para definir uma das dez famílias linguísticas do tronco tupi.

Os demais troncos linguísticos identificados no Brasil são o tronco Jê e Arauak, dos quais derivam o conjunto de línguas dos povos indígenas que habitavam o Brasil na chegada dos colonizadores portugueses.

Tupi originou-se da língua Tupinambá, que foi incorporada pelos colonizadores e missionários, sendo adotada como Língua Geral do Brasil.

O guarani é falado ainda nos dias de hoje pelos povos guarani, guarani-kaiowá, guarani-ñhandeva e guarani-m’byá.

Hoje, os indígenas brasileiros ainda compartilham 150 línguas e dialetos e parte do repertório que já foi incorporado pelo português. Antes da chegada da esquadra de Pedro Álvares Cabral havia ao menos mil.

Palavras que derivam de línguas e dialetos indígenas e foram incorporados ao português:

Mantendo sua língua, seus costumes e organização social, os povos indígenas do Brasil são denominados nações e não tribos, uma denominação popularesca e incorreta. Há semelhanças entre os muitos povos, mas as diferenças sobressaem.

A cultura indígena engloba a língua, organização social e política, seus rituais, seus mitos, arte, habitação, cosmologia e forma de relacionar-se com o meio ambiente. Vamos conhecer um pouco dessas práticas.

Religião

Os indígenas brasileiros são politeístas, mas sua maneira de relacionar-se com a religião mudou drasticamente com a influência da colonização, de orientação católica e monoteísta.

Acreditavam nas forças da natureza, na divindade de animais, de plantas e do próprio homem interagindo com todos os elementos.

Pela tradição oral repassavam os costumes e as orientações para os rituais de vida e de morte. Entre os rituais de vida marcantes estão as celebrações de passagem, que marcavam a transição para a vida adulta.

A característica comum dos povos indígenas brasileiros no que tange à religião é o xamanismo. É o xamã o responsável pela condução dos rituais.

Entre os povos tupi-guarani, o xamã é denominado pajé, a pessoa que lida com as conexões entre seres vivos, a natureza, humanos vivos e mortos.

Arte

arte indígena brasileira é plural e a confecção não é aberta a todos. São respeitadas desde a hierarquia social, a diferença de gênero e idade para manipular os materiais que resultarão em objetos decorativos ou adornos para rituais.

São características na arte indígena:

Modo de Vida

A maioria dos índios do Brasil mantinha a tradição de coletar e caçar o alimento. A agricultura era aplicada de modo apenas rudimentar e alguns pequenos animais eram domesticados, como a capivara.

Em sua organização social eram poligâmicos, em sua maioria. A situação mudou com a colonização, por conta do pensamento religioso católico. Viviam e muitos ainda vivem em comunidade.

Suas habitações podem ser coletivas ou individuais, dependendo do povo. A disposição mais conhecida é a circular, com espaço central para o desenvolvimento de rituais e festas.

Em sua organização social eram poligâmicos, em sua maioria. A situação mudou com a colonização, por conta do pensamento religioso católico. Viviam e muitos ainda vivem em comunidade.

Suas habitações podem ser coletivas ou individuais, dependendo do povo. A disposição mais conhecida é a circular, com espaço central para o desenvolvimento de rituais e festas.

Hoje, o maior grupo a viver no Brasil é o kaiowá, que significa “povo da floresta”.

Caçadores e coletores, acreditam que a terra é uma extensão de suas próprias almas e este é um dos pontos do impasse fundiário existente no Mato Grosso do Sul.

Habitações são dispostas em círculo e o centro abriga rituais e festas

No estado, localizado na fronteira da Bolívia e Paraguai, indígenas reivindicam terras ancestrais que o governo brasileiro entregou antes da Constituição de 1988 aos latifundiários.

fonte: Thiago Souza

Graduado em História e Especialista em Ensino de Sociologia pela Universidade Estadual de Londrina. Ministra aulas de História, Filosofia e Sociologia desde 2018 para turmas do Fundamental II e Ensino Médio.

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